domingo, 25 de outubro de 2015

Capítulo 26

Capítulo 26

Sentiu todo seu corpo tenso e soube que o que aconteceria a seguir não seria tão ruim quanto a antecipação. Apertou o bumbum, porque odiava tê-lo tão exposto. Foi surpreendida por um som alto, como um explosivo. Voltou a ouvi-lo e se deu conta de que era alguma coisa que batia no chão a alta velocidade. E então sentiu que o seu bumbum era golpeado causando-lhe uma dor rápida e aguda que não se parecia com nada que tivesse sentido até o momento. Ofegou e voltou a senti-lo, tão rápido que mal teve tempo de recuperar-se do primeiro golpe. E outra vez. 
— Quer que eu pare, Demi? Pode falar.
— Não, — respondeu.
— Boa garota. 
E outra vez. Sua mente acelerou, tentando descobrir o que estava acontecendo e se deu conta de que devia estar usando algum tipo de chicote. A ideia fez que a dor piorasse. Joe a golpeou mais duas vezes. Ela engasgou, incapaz de permanecer em silêncio. Preparou-se para mais, mas não aconteceu nada. Ficou tensa esperando, a pele do bumbum e da parte posterior das coxas ardia.
— Eu vou te dar um tempo para pensar no que fez de errado.
Então ouviu-o saindo do quarto. Saber que não estava ali para golpeá-la não fez que relaxasse. A solidão e não saber quando retornaria eram sensações tão ruins como a dor física, possivelmente pior. A ardência na pele reduziu levemente, mas sabia que quando se movesse, retornaria com toda a intensidade. Embora, no momento, era mais consciente da tensão nos ombros e braços. Virou a cabeça para outro lado para que não retesasse o pescoço. Desejou poder ver o que cercava-a naquele quarto. Se havia móveis ou o que quer que houvesse, teria alguma pista do que aconteceria no futuro. Mas provavelmente era isso o que Joe não queria. Voltou a colocar a cabeça na posição anterior. Moveu as pernas. Sua mente divagou e imaginou o que poderia fazer mais tarde, depois do Quarto. Usaria a língua? As mãos? Será que a excitaria antes de oferecer seu membro? A porta se abriu. Demi se esticou. Teria que suportar mais o Quarto? Se ele tivesse continuado, ela teria aguentado. Mas agora, depois de ter parado, custaria a se concentrar, porque seu corpo já estava pedindo a gritos para foder. Era embaraçoso, mas certo. Se deslizasse as mãos entre as suas pernas, sentiria que estava úmida, sem nenhuma dúvida.
E então notou suas mãos, mas não no seu sexo. Joe esfregou com delicadeza as zonas sensíveis da pele que tinham sido castigadas. Liberou os pulsos e, quando a ajudou a se levantar, sentiu-se tonta. Apoiou-se nele com os olhos ainda vendados e saiu cambaleando a seu lado no corredor. Ouviu que fechava a porta e sentiu que suas mãos se moviam por atrás de sua cabeça e desatava a venda.
Demi virou-se para olhá-lo. Tinha os olhos escuros brilhantes, as bochechas coradas. Ele pegou o rosto entre as mãos e a beijou nos lábios com ternura. Demi abriu a boca para ele e grudou o seu corpo ao dele. Descaradamente, pegou-lhe a mão e a colocou entre as pernas.
— Espera — sussurrou e a levou até o quarto, onde, com delicadeza, ajudou a deitar-se na cama. Ela estendeu a mão para ele.
— Relaxe — disse ele.
Demi observou como se despia e sua excitação aumentava. A visão de seu membro deu vontade de usar a boca com ele. Pensou em dizer-lhe, mas não se atreveu a dize-lo em voz alta. Joe deitou ao seu lado e percorreu com a mão do rosto até os seus seios. Colocou um mamilo na boca e sugou com delicadeza. Ela se contorceu ao sentir a familiar palpitação entre as pernas. Descendeu até o umbigo deixando um rastro de beijos até que a boca se abateu sobre seu sexo. Sentiu o calor de seu fôlego e então a grata pressão de sua língua sobre o clitóris.
— Joe — gemeu e o agarrou seu cabelo. Abriu ainda mais as pernas e levantou a pélvis. Estava sendo descarada e não se importou. Ele moveu a língua sobre ela, provocadora, leve e ligeira como as asas de uma borboleta. Demi cravou os calcanhares na cama. Justamente quando parecia que não poderia suportar mais, enfiou a língua no seu interior.
— Sim — exclamou ela presa a sua boca, moveu-se com ele enquanto ele a fodia com a língua. Quando acariciou o seu clitóris com o polegar, o prazer a atravessou com força, tão intenso que competiu com a dor do chicote.Sentiu que todo seu corpo se esticava, então a liberação com o explosivo orgasmo quase a fez derreter-se.
— Vire-se — ordenou e, uma vez que estava de bruços, fez a ficar de joelhos, de quatro. Acariciou o bumbum com a palma da mão e logo o abriu. Demi resistiu ao impulso de perguntar o que estava fazendo e então ele disse:
— Vou te foder por aqui.
— Por onde? — perguntou ela. Então ouviu que pegava a camisinha e alguma coisa mais. Joe enfiou o preservativo e começou a lubrificar o ânus com algo frio, como geleia. Ia dizer que não era boa ideia, que não funcionaria, mas como tudo que ele tinha feito, disse-se que seguiria até onde o fosse possível sem detê-lo.
— Relaxe — disse ele e Demi repetiu mentalmente a ordem.
Ela sentiu a pressão de seu pênis, que quase abriu seu caminho forçando por onde ela achava que não poderia avançar. De algum modo, seu corpo, que apenas tinha deixado de vibrar pelo orgasmo, resultou surpreendentemente flexível. Estava dentro dela e era estranho, mas não insuportável. Não sabia o quanto ele introduziu e teve medo de perguntar se por acaso a resposta era que ainda não tinha acabado. Porque sentia que não poderia suportar mais. E, no entanto, o membro dele seguiu avançando sempre muito lentamente. Joe deslizou a mão para frente para acariciar seu sexo e então seu corpo lhe permitiu avançar mais.
— Está bem? — perguntou.
— Sim. Começou a mover-se ritmicamente no seu interior, com delicadeza. A sensação era estranha, nem boa nem má. Era como se seu corpo estivesse confuso, pego entre sinais de prazer e dor. Com cada investida, a cada segundo que passava, sentia que poderia ir a uma direção ou outra. Mas de alguma forma, os movimentos calculados de Joe a mantiveram aí, bem no centro das duas sensações opostas. Prazer, dor, prazer... até que seu sexo foi acariciado com a mão para assegurar-se de que a balança caía na direção certa.
— Demi — sussurrou e então emitiu um som que não tinha ouvido até esse momento e investiu com mais força. Ela mordeu o lábio, dizendo-se que não iria mais rápido. Mas o fez e justamente quando tinha alcançado seu limite, Joe gritou e, embora não sentiu seu orgasmo do mesmo modo que sentia normalmente, percebeu a intensidade de sua liberação. Saiu de seu interior devagar e os dois ficaram deitados de barriga para cima, um ao lado do outro, respirando com dificuldade. 
— Não tinha planejado fazer isto — reconheceu. — Mas ao ver você... te desejo tanto... desejo tudo de você, de todas as formas possíveis. E sinto que não consigo-o nunca. Nunca sinto que tenho o suficiente.
— Você diz como se fosse algo ruim — replicou Demi, enquanto pensava que ela também se sentia como se nunca tivesse bastante dele. — Não é ruim — comentou. — É que não é ao que estou acostumado. Atraiu-a para ele e a estreitou com tanta força que pareceu que não a soltaria nunca.

                                                   ***

— Por que você não me disse que sua mãe vinha visita-la? — perguntou Joe. Demi estava deitada sob seu pesado edredom, aconchegada com a cabeça apoiada no seu ombro. 
Era de madrugada, ou na primeiríssima hora da manhã, para ser mais exatos. Demi tinha dormido um pouco e, quando despertou, descobriu que ele a abraçava. Joe disse que voltasse a dormir, mas ela respondeu que despertou.
— Uma vez que durmo, se voltar a despertar, demoro no mínimo uma hora a voltar a pegar no sono. Joe disse que ele também ficaria acordado. Para Demi este gesto de intimidade a surpreendeu e não estava segura de como interpretá-lo. De algum modo, sentia que a intensidade do sexo que tinham compartilhado os tinha aproximado mais, embora só fora por essa noite.
— Nem me ocorreu te dizer que minha mãe viria me ver— respondeu com sinceridade. — É algo tão... afastado dessa parte da minha vida.
— O que eu disse foi a sério; quero saber tudo de você.
Demi não pôde reprimir um sorriso, embora tampouco soubesse como interpretar essa afirmação. Era outro modo de exercer seu controle? Ou um sinal de que desejava mais de uma relação?
— Como o que? — perguntou.
— Começa com sua mãe. Como é? O que fez com ela esta noite?
Demi sabia que o problema importante e óbvio que se enfrentavam era por que sua mãe tinha vindo visita-la. Se não dissesse que era seu aniversário e ele o descobrisse mais tarde, ficaria furioso.
Odiou dizê-lo, como se fosse algo importante ou ele tivesse que preocupar-se.
— Saímos para jantar porque é meu aniversário — reconheceu.
Joe se ergueu sobre os travesseiros e ela se moveu para erguer-se a seu lado.
— Hoje é seu aniversário?
— Bom, tecnicamente, foi ontem.
— Se soubesse que estava me escondendo essa informação, teria recebido mais dez chicotadas — advertiu, embora sorrisse ao dizê-lo.
— Não é para tanto — respondeu ela.
— Serei eu quem decide isto. Embora não há muito que possa fazer a respeito no meio da noite ou já quase de manhã. Então, sua mãe veio à cidade por seu aniversário. São muito unidas?
Demi vacilou um momento.
— Sim — reconheceu. — Suponho.
— O que significa isso?
— Bom, em casa estamos só nos duas. Meu pai morreu de um ataque ao coração quando eu tinha oito anos. Assim é obvio que estávamos unidas. Mas agora que estou longe dela e que começo a ver as coisas de uma certa distância, acredito que ela dependia muito de mim. — Continua sendo assim?
— Mudei para Nova Iorque, assim... não. Não estou mais disponível para minha mãe como estava antes. Mas acredite, sinto-me culpada por isso. Sinto me culpada todos os dias.
— Não deve — afirmou com uma veemência que a surpreendeu.
— Não posso evita-lo. Lembra quando me perguntou por que não tinha um celular? Disse a você que não queria tê-lo ou algo assim. Mas o certo é que não quero que ela possa me chamar a qualquer momento.Disse a mim mesma que me desfazia do telefone para economizar dinheiro, mas na realidade tentava me desfazer dela.
Sentiu que começava a tremer.
— Demi — disse ele e beijou-a na testa. — Está tudo bem. Os pais podem ser... Bom, faz mais de dez anos que não falo com meu pai.
Ela se afastou um pouco para poder olhar para ele. Tinha um olhar ausente.
— Não? Por que não?
— Tivemos uma briga — respondeu num tom de voz que não animava a continuar a falar disso.
— E sua mãe? Vacilou um momento, apenas o suficiente para que Demi não o notasse. Mas notou-o.
— Morreu quando eu estava na universidade — respondeu se erguendo de uma vez. Imediatamente, ela lamentou ter feito essa pergunta, porque desejava que a abraçasse de novo. Depois de um breve silêncio, Joe se virou e perguntou: — De quem herdou esses grandes olhos azuis?Demi sabia que estava mudando de assunto de propósito e cedeu com um leve sorriso.
— De meu pai.
— Eu queria que me deixasse te fotografar. Mata-me que não me deixe. Agora foi ela que se afastou.
— Já te disse isso, odeio ser fotografada. De qualquer forma, desde quando me pede permissão para fazer alguma coisa?
— Fotografar alguém é muito similar a dominá-lo: se a outra pessoa não estiver disposta, os resultados são bastante terríveis.
Demi assentiu. Gostaria que pudesse dizer-lhe que desejava tentar, mas não podia. Agora foi ela que mudou de assunto.
— E a quem você se parece? — perguntou.
— A mim mesmo — respondeu e a beijou.
— Falo a sério — disse, separando-se. — Não me obrigue a procurar no Google — brincou.
O rosto do Joe se escureceu.
— Se houver algo que deseje saber, não posso impedir que bisbilhotei e. Mas a única que precisa saber sobre mim é que te adoro.Voltou a abraça-la e Demi não disse nenhuma palavra mais.
Sua adoração era tudo que precisava. Ao menos no momento.
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Oi meninas resolvi postar para vocês ficarem felizes,beijos.
PS.: Por que a Demi é tao linda assim cara, não tem explicação ela para mim é mais linda que Megan fox hahaha

Um comentário:

  1. Melhor capitulo, joe sendo tão fofo, bom mais ou menos ele parece já ta se apaixonando. Imagina quando ele admitir e pedir ela em namoro awn não posso nem imaginar. posta logo!!!

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