quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Capítulo 40


Capítulo 40 Mini maratona(6/6)

Demi estava aconchegada junto a Joe, com a cabeça apoiada no seu peito, quando a primeira luz da manhã começou a filtrar-se no quarto. Apesar de que tinham tentado conciliar o sonho, ainda estavam totalmente acordados. — É impossível eu resistir durante todo o dia no trabalho — queixou-se ela.
— Depois da noite que você teve? Precisa descansar. Nem pense em ir à biblioteca — alertou.
— Eu tenho que ir, eu quero ir. O que você e eu temos é importante para mim, mas também é o meu trabalho, não quero estragar.
— Você não vai estragar — ele disse. — Ligue a Blanda e diga que você não está bem e que irá mais tarde.
Demi assentiu.
— OK, mas não posso continuar fazendo isto. Eu...
— Relaxe — insistiu Joe silenciando-a com um beijo.
— Posso perguntar uma coisa?
Ele se ergueu sobre um cotovelo e olhou para ela acariciando seu rosto.
— Oh, Oh! — exclamou. — Isso soa sério. E, de acordo com os termos recém negociados da nossa relação, eu acho que vou ter que responder.
— Exatamente — afirmou Demi.
— Você me fez tão fodidamente feliz de me deixar te fotografar, tinha minhas dúvidas sobre o que queria fazer nelas, mas você esteve perfeita.
— Não mude de assunto — protestou ela, embora suas palavras a entusiasmaram. — Tenho curiosidade. Pode ter relações sexuais sem todo a.. bondage e a disciplina?
— Claro — respondeu. — Embora, para mim, ir diretamente ao sexo é mais para uma parceira de uma noite... material descartável.
— E o que há com essa mulher que eu vi com você na biblioteca?
Joe riu.
— Eu estava me perguntando quando você ia perguntar por ela.Esse é um exemplo perfeito, só sexo, nada especial. Uma vez e é tudo.
— Uma vez e já era — repetiu Demi. — É verdade o que disse antes? Que nunca se apaixonou?
Ela sentiu que se esticava e por um instante temeu que a pergunta os fizesse retroceder até onde estavam na noite em que a advertiu que não danificasse e a mandou para casa.
— Não — respondeu — não é bem verdade.
— Ok — disse ela, praticamente segurando a respiração enquanto esperava a que ele continuasse.
— Eu expliquei como me meti na fotografia... que Camilla me introduziu nela.
— Sim — assentiu.
— Só tinha alguns anos a mais do que eu. Eu acho que ela se aborreceu rapidamente do seu casamento com meu pai. Este tinha muitíssimo dinheiro e era bonito, mas não estava disposto a sair a clubes noturnos com ela ou a ir ver uma banda no Roseland. Assim, às vezes, quando dizia que estava muito ocupado ou muito cansado ou o que fosse, me fazia acompanha-la.
— Está certo — concordou Demi em voz baixa, enquanto lutava com a imagem de um Joe adolescente passeando por Nova Iorque com uma das modelos mais famosas do mundo.
— Acredito que ele sabia que eu estava aborrecido e muito solitário também. Eu tinha amigos, mas era filho único. E, de algum modo, o dinheiro de meus pais me isolava. Em alguns aspectos, ela e eu tínhamos muito em comum. E então me ensinou a usar uma câmera e a me levar a algumas de suas sessões de fotos.
— Sim, isso você mencionou.
— E me apaixonei por ela.
Demi sentiu um frio na barriga.
— Como? Um caso de um estudante que perde a cabeça por um amor impossível?
Joe vacilou.
— Não, fomos amantes.
Ela se ergueu e virou-se para encará-lo.
— Sério?
Não sabia por que havia dito isso. Foi estupido, como se ele fosse brincar com alguma coisa assim. Mas parecia inacreditável. Um adolescente tendo uma aventura com a mulher de seu pai...
— Sim, estava loucamente e profundamente apaixonado pela Camilla. Não sei o que foi para ela, atração física talvez. Um passatempo, não sei, mas nós fomos descuidados e meu pai nos pegou, me expulsou de casa e me deserdou.
Demi não sabia o que dizer. Perguntou-se quanto disso seria de domínio público e então decidiu que não, ninguém deveria saber se 
não Selena ou até mesmo Margareth teriam mencionado. Voltou a apoiar a cabeça no seu peito. 
— Sinto muito. Isso deve ter sido... Não consigo imaginar. Tornou-se público?
— Não. — Demi notou que seus braços se apertaram a seu redor.
— Meu pai tem muitos amigos e dinheiro metido nos meios de comunicação. Ninguém se atreveu a emputecê-lo. Mas minha mãe sim se inteirou. Supliquei a meu pai que não contasse... A mulher que tinha acabado com o seu casamento, tendo relações com seu próprio filho. Isso foi a única coisa de que me senti envergonhado. Mas ele não me escutou e explicou por que me expulsava de casa e me deixava sem dinheiro.
— Deixou de te manter? Mas você era menor, não?
— Sim, embora a família de minha mãe também tivesse muito dinheiro e ela conseguiu mais com o divórcio. Deixar de me manter era uma espécie de ameaça vazia. Acredite que por isso teve que ir mais longe e me castigou contando tudo para a minha mãe.
Mesmo agora, tantos anos depois, Demi podia ouvir a vergonha na sua voz.
— Ela havia perguntado por que você tinha transado. Não sei como teria podido evitar que soubesse.
— Meu pai e eu nunca nos demos muito bem. Acredite, poderia havê-lo evitado.
— Então, por que vivia com ele e não com ela?
— Depois do divórcio, minha mãe foi visitar seus pais no exterior durante um ano. Não tive muitas alternativas. Então, quando fazia uns poucos meses que havia retornado, recebeu o golpe seguinte. E dessa vez foi por minha culpa.
— Oh Joe, era só um adolescente. E suponho que Camilla era pouco mais que uma adolescente também.
— Depois que eu sai da casa de meu pai, minha mãe suspeitou que eu continuasse a vendo e tinha razão. Distanciei-me de minha mãe, mentia, discutíamos. E então ela se suicidou.
A Demi prendeu a respiração. Levantou a cabeça para olhá-lo e a impressionou vê-lo a ponto de chorar.
— Joe não me diga que se culpa.
— Não, não o faço — disse, mas sua cara dizia o contrário.
Ela beijou seu rosto e saboreou o sal de suas lágrimas. Rodeou-o com os braços e o abraçou com força. Ele afundou o rosto no seu cabelo e se agarrou a ela como se fosse uma tábua de salvação em que dependesse sua vida.
— Não foi culpa sua — disse acariciando sua cabeça. De algum modo, suas palavras liberaram uma corrente de pena e Joe chorou preso a ela como um menino. Demi sentiu que faria qualquer coisa para liberá-lo dessa dor.
— Meu agente recebeu ofertas de editores que querem fazer um livro com minhas fotos da Camilla. Mas eu não posso fazê-lo. Nem sequer desejo olhá-las. Acetei expor porque era o que a galeria queria e era minha oportunidade de mostrar meu trabalho. Nunca mais fiz fotos desse nível. Os editores de moda não conhecem a diferença. Mas o mundo da arte, sim.
— Por que diz isso? Vi seu trabalho em revistas e as fotos que tem aqui na parede.
— Estão boas, mas não são especiais. E, sem dúvida, carecem de inspiração. Antes pensava que era porque Camilla era a melhor modelo. Ao menos, tentava me dizer isso. Mas sabia que a verdade era que as fotos eram tão boas, por tudo o que sentia por ela e isso se refletia no trabalho. Essa é a razão pela qual eu estava tão desesperado por fotografar você, Demi.
— Por quê? — sussurrou.
Joe levantou a cabeça e rodeou o rosto com as mãos. Ela sentiu que acelerava o pulso. Ele tinha as pestanas úmidas e Demi sentiu o impulso de beijar as pálpebras.
— Porque pela primeira vez desde Camilla, estou apaixonado.

2 comentários:

  1. SCOORR ELE TA APAIXONADO POR ELA MEU DEUS SE CASEM
    Eu to amando meu Deus cada momento
    Eu to chocada o.O
    Sorry ficar esse tempo todo sem comentar :(
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    Xoxo

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    1. Ei nina,eu acabei de postar mais um capítulo, e hoje eu vou terminar de postar essa história,beijos

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