terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Capítulo 37

Estou deitada sobre aquele peito musculoso e protetor. Nossas respirações são ritmadas e Joseph acaricia a aliança em meu dedo, mas ainda não disse nada a respeito.

Será que ouvi bem quando ele me pediu em casamento?

Noto que Joe não sustenta sua aliança de noivado, aliás, um sorriso se disfarça entre meus lábios franzidos quando percebo uma vermelhidão em torno de seu dedo anelar, uma reação alérgica a Samantha.

Toma essa, sua mimada!

— Ainda não respondeu ao meu pedido. – ele murmura e beija meus cabelos.

— Eu amo você, Joe. Não consigo me imaginar em outro lugar que não seja ao seu lado. E essa aliança já não diz tudo?

— Quero ouvir você dizer.

— Eu aceito ser sua mulher, Joseph Jonas . – ergo o tronco e beijo seus lábios. – Eu seria louca se não me casasse com você.

— Você é louca, Demetria.

— Por você, Joe.
  
                                                 ≈≈≈

Completamente nus, seguimos para o mar. A água está fria e meus braços se arrepiam. Joseph me puxa para mais perto e seu beijo me tira de órbita, lançando-me num turbilhão de sensações abrasadoras. Enlaço minhas pernas em sua cintura. Nossos corpos ondulam no ritmo da maré e começo a recordar as inúmeras vezes em que fizemos amor nessa praia, sob as quatro fases da lua.

Os movimentos dos quadris de Joe, antes suaves, agora são rápidos e vigorosos. Ele finca os dentes no meu pescoço com força e estou novamente com aquela sensação de quase-morte. Nos braços desse homem, eu quero morrer mil vezes por dia.

— Diga que é minha, só minha. – ele sussurra ao ouvido e eu quase tenho uma síncope.

— Eu sou sua, para sempre.
                                              ≈≈≈

Deitados sobre as areias geladas, aninho a cabeça em seu braço, acariciando seu peito com a ponta dos dedos. Ninguém veio nos procurar, acredito que Guilherme e Espírito tenham resolvido o problema do sumiço de Joseph. Num ímpeto, monto sobre ele, prendendo suas mãos sobre a cabeça. Joe me encara, com um sorriso malicioso e divertido nos lábios ainda inchados. Eu preciso saber, quero ouvir ele dizer que me perdoa.

— Está insaciável, Demi. Não vou dar conta de você.

— Joe, preciso escutar que me perdoou.

Seu semblante muda de repente. Uma sombra transpassa entre nós e sinto aquele aperto no peito. Solto suas mãos que se elevam de imediato, segurando meu rosto bem firme.

— Eu perdoei você dias depois.

— Eu sei, mas quero que diga isso, com todas as letras.

— Está perdoada, Demetria. Só não me peça para esquecer, porque isso é impossível. Mas posso conviver com a lembrança, afinal, você era desequilibrada e o Guilherme um tremendo galinha.

— Eu era? – deixo um sorriso cético escapar.

— Você continua louca, mas definitivamente, não é mais uma desequilibrada. – ele ergue o tronco e me ajeito sobre seu colo. – Eu amo cada parte de quem você é, incluindo todos os seus defeitos. E veja bem, a lista é longa.

Seguro a gargalhada que está doida para sair. Com o dorso da mão, ele alisa meu rosto, descendo os polegares até meu queixo. Seu olhar mergulha dentro dos meus e ficamos ali, fitando nossas almas por tempo indeterminado.
                                                ≈≈≈

O sol desponta no horizonte.

Cochilei nos braços de Joseph, embalada pelas batidas ritmadas do seu coração. Juras de amor foram feitas durante toda a madrugada, mas em nenhum momento, tratamos do assunto principal: Samantha.
Quando meus olhos se abrem, preguiçosos, sinto uma ânsia em resolver o problema, em tirar aquela mimada da vida de Joseph de uma vez por todas. Não sinto piedade, não mais. Se a situação fosse inversa, ela não pouparia esforços para me ferrar.
Eu até gostaria de ser magnânima e benevolente, mas não dá. Essa sou eu, despida de qualquer divindade. Só quero o que é meu, não estou roubando nada, apesar dos pesares. Joe se remexe quando lhe dou um beijo no canto dos lábios. Ele sorri e então seus olhos se abrem, tão brilhantes e vívidos como há muito tempo eu não via. Sua felicidade transborda, iluminando-o de maneira sobre-humana. Noto no reflexo de suas pupilas que também estampo a mesma feição extasiada.

— Diga que não é um sonho. – ele murmura.

— Não sou um sonho. Estou mais para um pesadelo sexy. – divirto-me e arranco um sorriso lindo do meu homem perfeito.

— Eu amo você, Demetria.

— Eu amo você, Joseph.
                                              ≈≈≈

Voltamos ao lugar do luau, abraçados.

Joseph não quer esconder o fato de estarmos juntos, afinal, a maioria dessas pessoas conhece a nossa história. Muitos deles, inclusive, torciam silenciosamente que meu retorno pudesse colocar fim a um casamento fadado ao fracasso. Pelo menos, foi isso o que Joe me contou. Vejo pessoas espalhadas pela areia da praia e sobre esteiras, ainda adormecidas. A equipe contratada por Guilherme, retira as últimas mesas e cadeiras, enquanto duas mulheres recolhem a sujeira.
Nauane e Gui caminham em nossa direção, sorridentes. Numa timidez que não sei de onde surge, afundo o rosto no peito de Joseph. Ele acaricia meus cabelos e sinto seus lábios quentes em minha testa.

— Nem sei o que dizer. – Guilherme começa.

— Não diga nada, sou eu quem precisa agradecer. – Joseph diz e sinto vontade de chorar.

— O que vai fazer agora, Joe? – ele questiona e meus olhos buscam os sonolentos de Nauane.

Escuto Joe engolir ruidosamente. Sua feição muda e o sorriso fácil se desfaz. Ele respira fundo e mira o fundo dos meus olhos, antes de responder:

— Vou resolver isso agora. – seu tom é seguro, determinado.

— Joe... – ele me corta antes que eu diga qualquer coisa.

— E irei sozinho Demetria.

Merda!

Nem imagino qual será a reação da engomada. Talvez ela se descabele, porventura o ameace, quiçá o amaldiçoe… realmente não sei o que esperar. Só quero que Samantha aceite o fato e nos deixe em paz.

— Não posso subir para Paraty agora, preciso ficar e ajeitar as coisas por aqui. – Guilherme explica e lança um olhar tedioso para a bagunça do luau.

— Nanie e eu podemos ficar para ajudar. – ofereço e fito Joseph, demoradamente. – Precisa mesmo resolver isso agora? – questiono, um tanto aflita.

— Samantha irá entender. – ele acaricia meu rosto e eu tomo sua mão, sentindo uma dor no peito difícil de explicar.

— Não vá. – peço, quase suplicante.

— Eu preciso. – seu tom é resoluto. – Vai ficar tudo bem, não se preocupe.

Ele me beija e eu me atrelo ao seu pescoço, não querendo soltá-lo de jeito algum. Minha voz interna diz que há perigo à espreita, que todo o cuidado é pouco. O mais interessante é ver o meu ego vestindo kimono e uma faixa preta na cintura. Ele quer briga, mas dessa vez não sou o seu alvo.

— Encontro com você na pousada, ao meio-dia. – Joseph faz uma tremenda força para soltar minhas mãos de seu pescoço. – Demi, fique tranquila.

— E se ela ficar agressiva? E se… e se…?

— Nada vai acontecer, eu prometo. – ele me beija mais uma vez e toma o rumo do estacionamento, andando de costas, não desviando o olhar do meu. – Meio-dia em ponto, combinado?

— Por favor, tome cuidado. – peço e de repente sinto uma sensação estranha, como se meu medo de ser abandonada ressurgisse do além.

— O Joe sabe se cuidar. – Guilherme passa o braço sobre meu ombros. – Essa conversa precisa ser a dois, você sabe disso.

— Vamos terminar logo com isso, quero voltar para Paraty o mais rápido possível.


 

3 comentários:

  1. AHHHHH JESUS ELES VAO SE CASAR PORRA CASAR CARALHO CASAMENTOOO EU TO KABDUAHDHS AAAHHHH
    Meu Deus a perfeitoooo,ele falando q ama ela,nao pensei q fosse ser assim,meu Deus ele e tao amorzinho,agora acabou pra vaca da Samantha
    Posta Logo pfvr
    Xoxo

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  2. Tbm quero saber a reação da samantha
    Posta mais!!

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  3. A Samantha é doida vai rolar paaaauuuu

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