Estou angustiada na volta para Paraty.
Enchi tanto o saco da Nanie que ela concordou em me levar de volta para a pousada. Passa das onze da manhã e Guilherme ficou em Trindade, para resolver as últimas pendências com a equipe contratada para o luau. Nauane parou de perguntar sobre minha noite com Joseph quando percebeu que minhas respostas eram meras monossílabas. Uma tensão pressiona o meu peito e pressinto que algo de muito ruim está para acontecer.
— Demetria, precisa se acalmar. – ela explode. – Você aceitou se casar com o homem da sua vida, aquele que descreveu como sendo o cara perfeito. Pelo amor de Deus!
— Nanie, ela não vai deixar barato. – meu corpo estremece.
— O que a baranga pode fazer? – ela indaga, alguns decibéis acima do normal. – Não detone com a sua felicidade dessa maneira. A vadia não fará nada, não há o que ser feito contra o amor de vocês.
Se ela for inteligente como você diz, sacará isso.
— Você não entende... – choramingo.
— Pare de drama.
≈≈≈
Entramos em Paraty.
Sabe quando você está doida para fazer xixi e o banheiro se aproxima? Então, é exatamente assim que me sinto quando chegamos na pousada, estou prestes a explodir. Não espero Nanie estacionar o Peugeot. Abro a porta e me jogo para fora, correndo feito uma destrambelhada. Entro em casa como um furacão, procurando meu celular. Onde está?
Encontro-o carregando sobre a mesa de cabeceira. Checo a bateria e está cheia. Arranco o plugue e verifico as mensagens. Spam, spam, spam… droga, não há nada do Joseph!
— Quer morrer é só avisar. Eu poderia tê-la atirado do precipício na estrada para cá. – Nanie esbraveja.
— Não há nenhuma mensagem dele. – digo, em pânico.
— Demetria, essa será uma longa conversa. O que esperava?
— Nanie, juro que estou com um pressentimento horrível. E se ela o sequestrar? E se o prender num porão fétido para usá-lo como escravo sexual? Cara, eu preciso saber o que está havendo!
— Cale a boca. – Nauane estressa. – Vamos comer alguma coisa que estou varada de fome. E fique longe da cafeína hoje, você está uma pilha. – ela aconselha, puxando-me pelo braço.
Meus avós se juntam a nós no jardim, doidos para que eu conte o que aconteceu no luau. Espírito adiantou apenas sobre o nosso sumiço no meio da noite, mas como ele subiu para Paraty mais cedo, ainda não sabe dos detalhes escaldantes. É Nauane quem entrega o serviço completo. Estou ocupada demais com um pedaço de bolo e pensamentos escabrosos que refletem meu desespero. Checo o celular a cada cinco segundos e quando chega um novo spam, xingo num rosnado.
Faltam dez minutos para o meio-dia.
Minha avó solta um grito escandaloso quando Nauane conta que fui pedida em casamento. Meu avô comemora, efusivo, e seus óculos caem no gramado. Sou puxada para abraços apertados e tapas nas costas. Não consigo sorrir, minha preocupação sobrepuja a alegria.
Espírito aproxima-se a passos rápidos e pesados. Seus olhos estão arregalados e sustenta uma expressão aflita. Minha garganta se fecha e me sinto atirada num vulcão em erupção.
Despistando Nauane e meus avós, ele me puxa de lado, longe o suficiente de ouvidos curiosos.
Fixa aquele olhar claríssimo e estrangulado no meu rosto, suando em bicas.
— O que foi? Sabe alguma coisa do Joseph?
— Não, o que houve? – ele parece confuso.
— Se não sabe de nada, por que então está com essa cara de pânico? – indago, agoniada.
— Eu tive uma visão na cozinha, um troço muito estranho.
— O que foi? – estremeço.
— Vi uma tesoura grande, dessas de costureira. Havia um vestido de noiva salpicado de sangue Demetria.
Boquiaberta, congelo. O ar se perde e a claridade do dia começa a sumir bem diante dos meus olhos atônitos. O corpo fraqueja e Espírito me ampara, perguntando onde Joseph está.
— Ele foi conversar com a mimada para terminar o noivado. – revelo, engasgando nas palavras. – Você acha que ela seria capaz? Acredita que… acha que ela… meu, Deus, temos que encontrá-lo! – finco as unhas nos ombros de Espírito, desesperada.
— O quê? – ele me encara, incerto. – Acha que a Samantha pode surtar? Atacar o Joe? – ele sacode a cabeça, preocupado. – Ela não faria isso, nem pense numa coisas dessas.
— Algo me diz que ela vai enlouquecer. Estou com uma sensação horrível na boca do estômago, sinto uma baita pressão no peito.
— Onde ele está, Demi?
— Eu não faço ideia.
Espírito puxa o celular do bolso, fazendo a ligação. Ele coloca no viva-voz e minha tensão cresce a cada bipe. Caixa postal.
— Droga. – ele tenta novamente e o resultado é o mesmo.
— Espírito, precisamos fazer alguma coisa.
Vejo meus pais surgindo pelo estacionamento, de mãos dadas, rindo de algo que parece ser engraçado. Meus olhos correm até meus avós e Nauane continua narrando sobre o luau, sei disso porque minha avô parece extasiada com a história.
— Vamos sair por aí, alguém deve saber onde Joseph se enfiou com aquela, aquela, aquela…
— Aquela ex-noiva que não surtará. – ele completa e toma minha mão. – Vamos logo e não pare para dar explicações a ninguém.
Caminhamos com urgência e quando percebo, estamos trotando a caminho da recepção da pousada. Ouço a voz do meu pai e de Nauane às minhas costas, mas finjo que não escutei.
Quando alcançamos a piscina, o impossível acontece. Samantha aparece do nada, vestida de noiva, com os cabelos desgrenhados e a maquiagem toda borrada. Seus olhos me cercam, num ódio que lateja em seu pescoço e têmporas.
Ela está com cara de quem vai matar alguém.
Entramos em Paraty.
Sabe quando você está doida para fazer xixi e o banheiro se aproxima? Então, é exatamente assim que me sinto quando chegamos na pousada, estou prestes a explodir. Não espero Nanie estacionar o Peugeot. Abro a porta e me jogo para fora, correndo feito uma destrambelhada. Entro em casa como um furacão, procurando meu celular. Onde está?
Encontro-o carregando sobre a mesa de cabeceira. Checo a bateria e está cheia. Arranco o plugue e verifico as mensagens. Spam, spam, spam… droga, não há nada do Joseph!
— Quer morrer é só avisar. Eu poderia tê-la atirado do precipício na estrada para cá. – Nanie esbraveja.
— Não há nenhuma mensagem dele. – digo, em pânico.
— Demetria, essa será uma longa conversa. O que esperava?
— Nanie, juro que estou com um pressentimento horrível. E se ela o sequestrar? E se o prender num porão fétido para usá-lo como escravo sexual? Cara, eu preciso saber o que está havendo!
— Cale a boca. – Nauane estressa. – Vamos comer alguma coisa que estou varada de fome. E fique longe da cafeína hoje, você está uma pilha. – ela aconselha, puxando-me pelo braço.
Meus avós se juntam a nós no jardim, doidos para que eu conte o que aconteceu no luau. Espírito adiantou apenas sobre o nosso sumiço no meio da noite, mas como ele subiu para Paraty mais cedo, ainda não sabe dos detalhes escaldantes. É Nauane quem entrega o serviço completo. Estou ocupada demais com um pedaço de bolo e pensamentos escabrosos que refletem meu desespero. Checo o celular a cada cinco segundos e quando chega um novo spam, xingo num rosnado.
Faltam dez minutos para o meio-dia.
Minha avó solta um grito escandaloso quando Nauane conta que fui pedida em casamento. Meu avô comemora, efusivo, e seus óculos caem no gramado. Sou puxada para abraços apertados e tapas nas costas. Não consigo sorrir, minha preocupação sobrepuja a alegria.
Espírito aproxima-se a passos rápidos e pesados. Seus olhos estão arregalados e sustenta uma expressão aflita. Minha garganta se fecha e me sinto atirada num vulcão em erupção.
Despistando Nauane e meus avós, ele me puxa de lado, longe o suficiente de ouvidos curiosos.
Fixa aquele olhar claríssimo e estrangulado no meu rosto, suando em bicas.
— O que foi? Sabe alguma coisa do Joseph?
— Não, o que houve? – ele parece confuso.
— Se não sabe de nada, por que então está com essa cara de pânico? – indago, agoniada.
— Eu tive uma visão na cozinha, um troço muito estranho.
— O que foi? – estremeço.
— Vi uma tesoura grande, dessas de costureira. Havia um vestido de noiva salpicado de sangue Demetria.
Boquiaberta, congelo. O ar se perde e a claridade do dia começa a sumir bem diante dos meus olhos atônitos. O corpo fraqueja e Espírito me ampara, perguntando onde Joseph está.
— Ele foi conversar com a mimada para terminar o noivado. – revelo, engasgando nas palavras. – Você acha que ela seria capaz? Acredita que… acha que ela… meu, Deus, temos que encontrá-lo! – finco as unhas nos ombros de Espírito, desesperada.
— O quê? – ele me encara, incerto. – Acha que a Samantha pode surtar? Atacar o Joe? – ele sacode a cabeça, preocupado. – Ela não faria isso, nem pense numa coisas dessas.
— Algo me diz que ela vai enlouquecer. Estou com uma sensação horrível na boca do estômago, sinto uma baita pressão no peito.
— Onde ele está, Demi?
— Eu não faço ideia.
Espírito puxa o celular do bolso, fazendo a ligação. Ele coloca no viva-voz e minha tensão cresce a cada bipe. Caixa postal.
— Droga. – ele tenta novamente e o resultado é o mesmo.
— Espírito, precisamos fazer alguma coisa.
Vejo meus pais surgindo pelo estacionamento, de mãos dadas, rindo de algo que parece ser engraçado. Meus olhos correm até meus avós e Nauane continua narrando sobre o luau, sei disso porque minha avô parece extasiada com a história.
— Vamos sair por aí, alguém deve saber onde Joseph se enfiou com aquela, aquela, aquela…
— Aquela ex-noiva que não surtará. – ele completa e toma minha mão. – Vamos logo e não pare para dar explicações a ninguém.
Caminhamos com urgência e quando percebo, estamos trotando a caminho da recepção da pousada. Ouço a voz do meu pai e de Nauane às minhas costas, mas finjo que não escutei.
Quando alcançamos a piscina, o impossível acontece. Samantha aparece do nada, vestida de noiva, com os cabelos desgrenhados e a maquiagem toda borrada. Seus olhos me cercam, num ódio que lateja em seu pescoço e têmporas.
Ela está com cara de quem vai matar alguém.
Ai meu Deus
ResponderExcluirPosta maiiis!!!
OMG OLHA O BARRACO CHEGANDO MINHA GENTEEE E ISSO MESMOOO
ResponderExcluirJesus to tentando entender essa visao,mas nada kkkk eu to amando,mas cade o Joe? Jesus
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Xoxo
EU DISSE QUE ELA É LOUCA GEEEENTE MAS É MAIS LOUCA DO QUE EU PENSVA POOOOSTAAAA TA MT BOM MM
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