segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Capítulo dezesseis FIM DA MARATONA


Demetria

Mesmo fazendo sexo a noite inteira com Joseph eu não consegui dormir bem. Acordei às sete horas e não consegui adormecer novamente. Dei uma olhada no meu celular e vi que Bart havia me ligado umas cinco vezes. Ele não gostou de saber que eu viajaria. O que ele tinha de generoso ele tinha de controlador. Bart às vezes agia como se fosse meu dono e eu odiava isso. Bem, eu resolveria isso mais tarde, não queria pensar nele logo cedo.

Assim que Joseph saiu para sua reunião, me levantei e fui tomar café e curtir um pouco a piscina. Aproveitaria que estava um dia lindo. Algum tempo depois para o meu azar, Wilmer apareceu e sentou-se na espreguiçadeira enquanto eu nadava. Eu senti que ele me observava e não sabia se ele tinha ficado chateado comigo pelo que aconteceu na noite anterior. Decidi sair da piscina e me sentei na cadeira ao seu lado.

“Você não tem ideia do que faz comigo não é?” – ele perguntou encarando descaradamente o meu corpo.

“Wilmer.”

“Eu amei a Gigi, Demetria, amei ela mais do que tudo. Nós éramos felizes, tínhamos feito planos para casar e ter filhos... Eu sabia que ela me amava. Gigi não conseguia fingir sabe, ela era a mulher mais doce que eu já conheci. – Eu não sabia por que ele estava me contando isso agora. – Quando Joseph entrou em nossas vidas ele destruiu tudo. Eu senti Gigi se afastando, eu percebi o quanto ela ficava irritada perto dele o quanto ele a afetava. O dia em que marcamos a data do nosso casamento foi o mesmo dia em que peguei os dois juntos no apartamento dele aqui em Nova York.” “Gigi estava tão animada que nunca passou pela minha cabeça que ela iria direto para o apartamento dele. Eu tinha recebido uma mensagem do Davi pedindo que eu fosse até lá, – eu fiquei de boca aberta com o que ele estava me contando. – Nós éramos amigos, Demetria, eu não tinha cerimônia com ele, eu entrei e chamei por ele foi ai que eu os vi. Os dois estavam transando na porcaria da mesa da cozinha, eu fiquei tão puto, tão transtornado que eu não me lembro de quase nada. Só consigo lembrar que ela implorava para que eu a perdoasse. Ela me jurou que tinha ido lá para terminar tudo com ele.” – ele estava chorando, merda.

Eu olhei para ele arrasada, isso deve ter doído muito. Eu senti uma vontade de consolá-lo, mas eu não podia, eu sabia disso.

“Wilmer eu sinto muito.” – e era verdade eu sentia tanto por ele que isso doía em mim também.

“Eu sei que ele vai magoar você, eu sei disso. – ele me olhou sério. – Eu não estou falando isso para você se afastar dele, eu estou falando porque eu quero você. – Se eu dissesse que o que eu acabei de ouvir não me afetou em nada eu mentiria. – Você é a primeira mulher que eu realmente tive vontade de conhecer depois que eu a perdi. Eu quero você, Demetria.” – ele dizia isso porque não me conhecia, se ele soubesse o que eu fazia para sobreviver ele me odiaria. O que eu faria agora?

“Wilmer eu não sei nem o que dizer, eu queria que as coisas fossem mais simples. Mas eu não posso Wilmer, não posso me envolver com você.”

“Eu não estou pedindo que você o traia e nem o deixe – desviei o meu olhar. – Eu só estou falando isso porque eu vou sair, já que ele me tirou do projeto. Eu achei que ele fosse voltar à Londres e me deixar assumir o restante, foi isso que tínhamos combinado. Mas ele me afastou não só das reuniões como também me tirou a chance de trabalhar nesse caso.”

“Eu vou voltar para o meu apartamento, ele fica mais perto do escritório de qualquer maneira.”

“Wilmer se nós tivéssemos nos conhecido de outra forma, em outro lugar. Se eu não tivesse o Joseph você pode ter certeza que você seria um homem com quem eu ficaria. Você não sabe como nesse momento eu odeio que

Joseph fez com você, mas...”

“Mas você o ama?”

“Sim.” – Sim a noiva do Joseph o amava com toda certeza...

“Você ainda tem meu cartão, Demi ?” – era fofo ele me chamar de Demi.

“Tenho sim, eu guardei e salvei o seu telefone no meu celular também não se preocupe.”

“Você promete que se precisar de mim, para qualquer coisa Demi, qualquer coisa mesmo. Você promete que vai me ligar?” – ele parecia tão preocupado.

“Eu prometo.” – eu só esperava não precisar ter que ligar.

“Vem aqui me dá um abraço.” – Um abraço não faria mal, faria?

“Você é um ótimo homem Wilmer, você ainda vai encontrar uma mulher que te ame e vai ser muito feliz.”

“Eu não quero ninguém Demetria, eu quero você.” – ele disse enquanto eu saia do abraço. Sério que eu tinha que ficar tão balançada com essas palavras? Em outras circunstancias eu realmente teria ficado com ele.

“Acho melhor eu ir não quero ter que encontrar seu noivo aqui quando ele voltar.” – ele se afastou e me senti um pouco confusa. Porque eu não podia ser normal e ficar com alguém como ele?

Ele era um bom homem, gentil e carinhoso comigo. Eu poderia amá-lo um dia. Mesmo que o meu corpo dissesse que eu pertencia ao Joseph algo dentro de mim queria ser do Wilmer. Uma pena que no que na minha profissão eu nunca poderia me envolver com alguém.

Quatro dias depois...

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