segunda-feira, 4 de abril de 2016

cap. 2

capítulo dois

Demetria

—Agora é hora de você ir dormir. Você tem escola de manhã. —Eu sorri enquanto eu batia Hope no nariz.

—Mais uma história, mamãe. Por favor — ela reclamou.

—O Tempo da história acabou por esta noite, baby. — Inclinei-me e beijei sua cabeça. —Vá dormir e quando acordar, eu vou ter panquecas de chocolate esperando por você.

—Ok. — Ela sorriu. —Eu te amo. Boa noite.

—Eu também te amo, baby. Boa noite. Levantei-me da cama, apaguei a luz e fechei a porta, deixando aberta uma fresta. Servi-me de um copo de vinho e o levei para o sofá, onde eu abri meu laptop e comecei a procurar novamente por um trabalho. Fazia dois meses desde que eu perdi meu emprego no Praline Inc. A empresa estava indo mal e eles tiveram que cortar despesas; eu sendo uma das despesas. Minha conta bancária foi drenada e eu tive que pedir emprestado o dinheiro do aluguel para minha mãe e Nick. Eu me senti mal lhes pedindo, porque já tinham feito tanto por mim ao longo dos últimos sete anos, desde que a Hope nasceu. Eu estava economizando o meu próprio salário nos últimos dois anos até que esta demissão repentina ocorreu. Eu não tinha sido capaz de encontrar um emprego desde então porque a indústria da moda foi inundada com as pessoas que tinham as mesmas ideias que eu. Quando eu estava pesquisando, meu telefone tocou. Era minha melhor amiga, Stella. —Olá— eu respondi.

—Eu encontrei algo que você talvez possa estar interessada— ela falou com emoção.

—Oh? O quê? —Uma garota com quem trabalho estava dizendo que havia uma vaga para trabalhar como PA2 da Sutton Magazine. —Sério? Por que eu não vi isso online?

—Só ficou disponível alguns dias atrás. Talvez eles não publicaram ainda.

—Como ela sabe isso?— Perguntei.

—Uma amiga dela é uma das secretárias lá e disse a ela que a última PA apenas levantou e saiu sem qualquer aviso prévio ou qualquer coisa. Eu acho que o cara é um verdadeiro idiota para se trabalhar.

—Eu não me importo com isso. Eu preciso de um emprego e agora. Eu tive que pedir a minha mãe e Nick dinheiro emprestado para pagar o aluguel.

—Merda. Eu sei que deve ter sido difícil para você. Você deveria ter me perguntado. Eu teria emprestado a você.

—Obrigado, e eu sei que você teria, mas eu não queria perguntar. Você sabe que eu tento fazer tudo sozinha.

—Eu sei que sim, querida. Aqui está o número de Sutton Magazine. Ligue para o departamento de Recursos Humanos amanhã e veja o que acontece.

—Eu irei. Obrigada, Stella. —Disponha, e se você precisar de alguma coisa é melhor você me chamar.

—Eu irei. Vou falar com você mais tarde. Stella Bay e eu éramos melhores amigas desde que tínhamos dez anos e puxamos os cabelos uma da outra no parquinho da escola primária. Foi ódio à primeira vista, mas depois que o diretor da nossa escola nos fez sentar e conversar uma com a outra, não tínhamos nos separado desde então. Stella tornou-se como uma segunda filha para minha mãe e ela passou muito tempo em nossa casa desde que seu pai era um alcoólatra abusivo. Ele faleceu há alguns anos de insuficiência hepática e ela nem sequer compareceu ao seu funeral. Ela disse que se tivesse ido, teria cuspido em seu túmulo. Assim que se formou no colegial, ela foi para NYU3, trabalhava em dois empregos, pagou a sua própria matrícula, vivia no campus e tinha cuidado de si desde então. Até que ela conheceu Sebastian, o amor de sua vida, que apareceu há três anos e a resgatou. Ela tinha o tipo de amor que já tive, mas que foi rapidamente tirado de mim quando eu tinha dezoito anos de idade. Em seguida, um novo amor da minha vida apareceu; minha filha, Hope. Ela era tudo para mim e minha vida girava em torno dela e somente ela.

Na manhã seguinte, depois de deixar Hope na escola, eu decidi ir para Sutton Magazine pessoalmente ao invés de ligar. Quando entrei no grande edifício, um homem agradável que estava na porta sorriu para mim.

—Como posso ajudá-la, senhorita?

—Eu estou procurando Sutton Magazine. Seu departamento de recursos humanos, para ser exata.

—Pegue o elevador até o décimo andar. É onde está localizado os Recursos Humanos.

—Obrigada. — Eu sorri enquanto eu caminhava em direção ao elevador. Saindo do elevador no décimo andar, eu abri a porta que foi rotulada com “Recursos Humanos” e entrei. Quando eu caminhei até a ruiva que ostentava alguns cachos realmente apertados, ela sorriu. —Como posso ajudá-la?

—Eu estou aqui para obter informações sobre o trabalho de assistente pessoal que está disponível.

—Você tem um compromisso?— Ela perguntou.

—Não. Uma amiga minha me disse que havia uma vaga, então eu pensei em vir aqui e me apresentar em pessoa.

—Sinto muito… — Ela olhou para mim sem expressão.

—Demetria Flynn.

—Eu sinto muito, Demetria , mas você deve ligar para agendar uma entrevista. Nós não estamos atendendo. De repente, um homem apareceu e empurrou um arquivo dentro do armário.

—O que está acontecendo aqui, Amanda?— Perguntou.

—Esta mulher estava perguntando sobre o trabalho de assistente pessoal e eu disse que ela deve ligar e agendar uma entrevista.

—Entendo. — Ele sorriu enquanto olhava para mim.

—Você acabou de entrar aqui?

—Sim. Eu pensei que talvez pudesse me apresentar em pessoa. Lamento ter perdido o seu tempo. —Eu comecei a ir embora e ele me parou.

—Aguarde. Demetria , correto?

—Sim. — Eu me virei.

—Venha comigo. Eu vou ter você preenchendo um formulário e depois eu vou entrevistá-la. Como você já está aqui, por que fazer você voltar? —Ele piscou.

—Obrigado Senhor. Ele estendeu a mão, para cumprimenta-la.

—Eu sou Garrett Sullivan. Amanda obtenha o formulário e o traga para o meu escritório.

—Me acompanhe Demetria . Segui-o pelo longo corredor até seu escritório. —Por favor, sente-se à mesa e assim que Amanda trouxer o formulário, você pode preenchê-lo.

—Eu aprecio isso, Sr. Sullivan. Isso realmente significa muito.

—Não tem problema e você pode me chamar de Garrett. A ruiva chamada Amanda entrou e me entregou o formulário e uma caneta. Garrett sentou-se atrás de sua mesa enquanto eu o preenchia. Uma vez que eu acabei, eu levantei da minha cadeira e entreguei a ele. —Sente-se, por favor. — Ele fez sinal para eu me sentar na frente dele. Ele estudou o meu pedido por alguns momentos antes de falar. Garrett Sullivan era um homem bonito. Ele tinha cerca de 1,82 altura, com cabelo loiro curto e olhos verdes. Ele parecia estar em seus trinta anos e estava vestido em um terno azul escuro muito bem ajustado. Havia algo nele que me fez sentir confortável.

—O que exatamente você fazia na Praline?— Perguntou ele com um sorriso.

—Eu era secretária administrativa. Eu fazia quase tudo.

—Quanto organizada é você?

—Eu tenho um pouco de TOC quando se trata de organização.

—Você é perfeccionista?— Ele sorriu.

—Minha mãe diz que eu sou. Eu não me chamaria exatamente de perfeccionista — eu falei quando eu estendi a mão e endireitei o peso de papel de Estátua da Liberdade que estava em sua mesa. O sorriso em seu rosto cresceu.

—Você estudou design de moda na Parsons? —Sim. Eu amo moda e eu adoro desenhar roupas.

—E você estava trabalhando como assistente administrativa. Por quê?

—Eu tive que sair da Parsons porque a minha filha ficou doente e eu precisava estar com ela em todos os momentos.

—Você tem uma filha?

—Sim, ela tem sete anos. O nome dela é Hope. —Eu espero que ela esteja melhor agora— ele falou.

—Ela está. Isso foi um par de anos atrás. Eu queria voltar para Parsons, mas eu tinha perdido minha bolsa quando eu saí. Eu sou uma mãe solteira e cada centavo conta quando você está criando uma criança.

—Eu entendo. Você tem vinte e cinco anos, correto?

—Sim.

—Vou ser franco aqui, Demetria . Esta posição é para trabalhar para Joe Sutton, CEO da Sutton Magazine. Você parece ser uma grande mulher com pé no chão e parece que você teve que crescer rápido. Não tenho certeza se o Sr. Sutton é a pessoa certa para você estar trabalhando.

—Sr… Garrett, eu ouvi sobre o Sr. Sutton e para ser honesta, ele não me assusta. Eu não sou uma garota fraca e frágil. Como você disse, eu tive que crescer rápido desde que eu tive a minha filha, aos dezoito anos. Eu só quero o que é melhor para ela e no momento, eu estou precisando desesperadamente de um emprego. Já se passaram dois meses e minha conta bancária está quase esgotada.

—Você vive em Harlem, que são quarenta e cinco minutos daqui. Você teria que estar aqui às oito horas e seu turno terminaria às cinco horas, com uma hora de almoço. Isso seria possível para você, tendo uma filha?

—Eu faço qualquer coisa para garantir que a minha filha tenha tudo que precisa. Então, para responder sua pergunta, sim, seria possível. Em um mundo perfeito, eu gostaria de ser capaz de ficar em casa e dedicar cada minuto a minha filha, mas não vivemos em um mundo perfeito, não é? Então eu tenho que fazer o que é preciso, a fim de dar a Hope tudo que ela precisa. Ele me estudou por alguns momentos antes de falar.

—Eu tenho certeza que você recebe pensão do pai de Hope. Isso deve ajudar. Eu gentilmente sorri para ele.

—A Hope não tem um pai. Ele morreu em um acidente de carro antes dela nascer. Ele olhou para baixo e depois de volta para mim com pena.

—Eu sinto muito pela sua perda.

—Obrigada. — Eu olhei para as minhas mãos suadas.

—Você está contratada, Demetria . Meus olhos dispararam para ele com entusiasmo.

—Obrigada. Muito obrigada, Garrett! —Exclamei.

—Seja bem vinda. Ouça, eu vou lhe dar um cheque mensal separado para o táxi. É para o seu próprio bem. Confie em mim. Se você pegar o metrô, você provavelmente vai acabar chegando tarde. Isso é entre você e eu, Sr. Sutton não precisa saber.

—Eu prometo que não vou dizer a ele. É muita gentileza da sua parte.

—Bom. Você pode começar amanhã? Ele está realmente ansioso para ter uma assistente pessoal de novo.

—Sim. Amanhã vai ser perfeito. —Eu sorri quando me levantei da minha cadeira e apertei sua mão.

Um comentário:

  1. Eu ja to amando
    Joe tem cara de ser um pe no saco
    A hope é tao fofinha
    Posta Logo
    Xoxo

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