Capítulo vinte e um

Joseph

A noite foi uma merda! Tudo que eu queria o tempo todo era agarrar Demetria, levá-la para casa e fodê-la até meu desejo descontrolado ser saciado, até ela gritar o meu nome e gozar com meu pau dentro dela. Era isso o que eu queria.

Meus planos foram adiados por Marcelo, que logo que chegou a casa me chamou para uma conversa. Estranhei a seriedade em que ele falou.

“Então o que aconteceu ontem Joseph , você não teve a chance de me contar – ele perguntou enquanto nos servia uma dose de uísque. Beber não seria uma boa ideia. Demetria odiava o cheiro de bebida forte, mas uma dose não faria mal não é? “Demetria não estava bem e Felipe a trouxe, nada mais.”

“E vocês brigaram por quê?” – que merda era essa? Um interrogatório?

“O que você quer saber Marcelo?” “Eu só quero entender o que você sente por ela Joseph .” “Porque isso agora?”

“A Vivian conversou comigo hoje Joseph, ela falou que tinha provas de que Demetria e Wil estão tendo um caso. Ela pode até estar errada, mas eu não vejo como pode existir mais do que sexo entre você e a Demetria. Então eu pensei que talvez ela e o Wilmer...”

“Você não sabe de nada Marcelo, cale-se!” – essa conversa não acabaria bem. “Você está vendo porque eu estou preocupado com você? Você tem agido como um louco, fazendo coisas que eu nunca o vi fazer. Eu só quero entender o que você sente por ela.”

“Eu não sinto nada por ela! – gritei irritado. – E mesmo que eu sentisse isso não é da conta de ninguém.” “Ela sabe que está sendo usada?”

“Eu não estou usando.”

“É claro que você está você acabou de admitir que não sente nada por ela. Você quer que ela seja sua noiva até quando lhe convir e depois disso você vai fazer o que? Jogar ela fora?”

“Marcelo isso definitivamente não é da sua conta.”

“É sim.” – olho para ele confuso.

“Eu preciso te mostrar uma coisa, Vivian disse que você deveria saber a verdade, o que eu penso da Demetria não vem ao caso agora, mas ela não pode te enganar dessa forma Joseph .” – Senti uma dor no peito, uma dor que eu não sentia há muito tempo.

“Do que você está falando?” – perguntei num tom mais baixo. Marcelo me passou seu telefone e eu vi várias fotos da Demetria com o Wilmer, não só saindo de um restaurante como também dos dois entrando no edifício em que ele morava. Então é por isso que o babaca não voltou ao escritório?

“Joseph ...”– enchi meu copo vazio de outra dose de uísque e entornei de uma vez só.

O foda disso tudo é que ela parecia feliz nas fotos, sorria de uma forma que ela nunca tinha sorrido para mim antes. Eu não posso acreditar que ela teve coragem de ir para o apartamento dele. Pensar no que eles podem ter feito durante a tarde me deixou cego de ódio. “Joseph .”

“O que?”

“Você está bem?” – agora eu entendi porque ela estava tão estranha hoje. Dei as costas ao Marcelo levando a garrafa de uísque comigo e falei. “Não me segue.”

Entrei no quarto e a vi digitando alguma coisa no telefone, quando me viu me olhou assustada. É assim que as pessoas culpadas agem não é? “Joseph que bom que...” – ela parou de falar quando me viu beber da própria garrafa, eu sabia que ela odiava esse cheiro.

“Acho melhor você não falar nada.” – Avancei em sua direção e a senti recuar, seu olhar estava aterrorizado, nunca senti tanta raiva em toda a minha vida, nunca fui tão humilhado. Eu não sabia o por quê. Mas eu tinha a merda de um aperto no peito, uma dor que tinha certeza que nunca havia sentido.

“O que aconteceu... aaiihhh!” – Não pensei em nada, mas consegui ver perfeitamente quando ela caiu no chão com o rosto sangrando. Quando a razão me bateu eu percebi a merda que eu tinha feito.